10 maneiras de economizar no material escolar
O que fazer para que a compra do material escolar não vire um pesadelo nesta época do ano? Veja as dicas.
Entre as preocupações com impostos e contas para pagar, ainda tem mais um gasto para se somar nesta época do ano: a compra do material escolar. Para quem tem filhos, o material didático é uma despesa obrigatória no mês de janeiro. As escolas costumam enviar as listas de livros e de outros materiais, como cadernos, cola, tesoura, borracha. Há famílias que pegam a lista, vão até uma livraria ou papelaria e compram tudo ali mesmo. Mas o que muitos pais não sabem é que a compra do material nem sempre precisa representar um rombo no orçamento familiar.
“É claro que a Educação dos filhos deve ser prioridade para os pais, mas nem por isso é preciso gastar exageradamente com o material escolar”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor dos livros “O Menino do Dinheiro” e “Terapia Financeira”. De acordo com ele, há diversas maneiras de economizar – e muito – na hora de adquirir o material que crianças e adolescentes usarão ao longo do ano na escola. Antes de ir às compras, confira abaixo dez dicas para diminuir os gastos com livros, cadernos e mochilas:
Faça um levantamento de tudo o que já tem em casa
O primeiro passo é pegar a lista fornecida pela escola e riscar tudo o que você já tem em casa. Materiais como tesoura, lápis de cor, compasso, régua, entre outros, não estragam e podem ser reaproveitados de um ano para o outro. Se você tem filhos em anos diferentes, o mais novo também pode usar livros didáticos que já foram do mais velho, desde que a professora não tenha adotado um livro diferente. “É preciso fazer uma análise criteriosa do que a escola pede e do que sobrou dos anos anteriores. Em geral, as famílias já têm de 10% a 30% do que está na lista”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Recicle materiais
Depois de fazer o levantamento do que já tem e casa e pode ser reaproveitado, é hora de verificar o que pode ser reciclado. Uma boa ideia é customizar cadernos antigos que não foram totalmente usados. Se eles forem em espiral, você pode desmontá-los, juntar as folhas não utilizados de mais de um caderno, remontá-los, fazer uma capa nova – tudo com a ajuda da criança. Além de ser uma boa forma de economizar, reciclar materiais antigos tem outras vantagens. “A reciclagem desenvolve o espírito lúdico e ajuda a preservar o meio ambiente, o que pode ser mais um incentivo para as crianças”, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Organize um projeto de troca de livros na escola
Assim como você, outros pais e mães estão enfrentando o mesmo problema nesse início de ano: a preocupação com os custos do material escolar, principalmente aqueles que têm mais de um filho. Uma boa maneira de atenuar os gastos é organizar um projeto de troca de livros em parceria com a escola. No Colégio Pio XII, em São Paulo, o projeto Bibliotroca funciona há seis anos e tem como foco, além da economia, o incentivo à sustentabilidade e à leitura. “Os livros raramente serão utilizados novamente após o ano letivo. É um investimento na Educação e não na aquisição da obra em si. Se podemos compartilhar esses livros, não há porque mantê-los ou, o que é ainda pior, jogá-los no lixo”, diz Mary Elizabeth Hine, coordenadora do projeto, que conta já ter economizado R$ 1,5 mil na compra do material dos três filhos graças às trocas feitas na escola.
Faça uma reunião familiar
Depois de reaproveitar o material que sobrou do ano anterior e, se possível, trocar livros na escola, é hora de fazer uma reunião familiar. Pais e filhos devem decidir juntos quais serão os planos da família para o ano que está começando. Vocês podem planejar uma viagem, a aquisição da casa própria ou mesmo uma televisão nova. O importante é que os filhos façam parte dos planos e, se for o caso, entendam que terão de se privar de alguns pequenos luxos para que a família consiga viabilizá-los. Nessas horas, vale explicar por que uma mochila de grife pode ser muito mais cara do que uma mochila mais simples, embora muitas vezes a qualidade seja semelhante. “Participando dos planos da família e entendendo que há bons motivos para economizar, crianças e adolescentes tendem a aceitar com mais facilidade quando os pais sugerem a compra de um material um pouco mais barato”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Faça uma pesquisa na internet
Antes de ir para a rua, é importante fazer uma pesquisa exaustiva na internet, de acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos. Entre em sites como o Bondfaro (www.bondfaro.com.br) e o Buscapé (www.buscape.com.br) e dê uma olhada nos preços. Faça tabelas para se organizar melhor. Esse passo é necessário para que você saiba se os preços que vai encontrar na rua estão bons ou ruins, mas não significa que você deva comprar pela internet. Após pesquisar na web e nas lojas, você avalia onde a compra será mais vantajosa. Mas preste atenção ao prazo de entrega e ao valor cobrado pelo frete nas lojas online. Outra desvantagem da internet é a impossibilidade de pechinchar, que é sempre uma arma poderosa na hora de conseguir o melhor preço. É importante lembrar que a escola não pode exigir a aquisição de produtos de uma determinada marca ou local específico, nem materiais de uso coletivo, como sabonetes, papel higiênico, grampos e clipes.
Junte-se a outros pais
Converse com as famílias dos colegas de seu filho e organizem-se para comprar o material juntos. Façam uma reunião para definir o que cada um precisa. Depois disso, vocês podem escolher um representante para fazer as compras ou mesmo ir em grupo. Quanto maior a quantidade de material a ser adquirido, maior é o seu poder de barganha. Um gerente ou um funcionário de loja dificilmente vai querer perder uma venda de material escolar para cinco crianças, por exemplo. Comprando em grande quantidade, portanto, você tem mais poder para negociar – no varejo ou até mesmo no atacado. “É possível economizar de 10% a 20% comprando no atacado”, calcula o educador financeiro Reinaldo Domingos. Outra boa ideia é reunir todos os pais da turma do seu filho e tentar comprar os livros diretamente com as editoras. Adquirindo muitos exemplares de uma só vez, é possível conseguir descontos.
Procure zonas de comércio popular
Toda cidade grande tem sua zona de comércio popular. Em São Paulo, a mais conhecida é a Rua 25 de Março. No Rio de Janeiro, é possível encontrar preços mais baixos no Mercadão de Madureira. “Nessas horas, sair das zonas de classe A e B pode representar uma boa economia”, afirma o educador financeiro Reinaldo Domingos. Por isso, se o objetivo for economizar, esqueça o shopping center. Organize-se e escolha um dia para ir às compras. Se possível, vá pela manhã, pois as zonas de comércio popular costumam receber um grande fluxo de consumidores em busca de preços baixos. Em geral, as manhãs são (um pouco) mais tranquilas.
Vá às compras sozinho(a)
Se ir ao supermercado com crianças já é complicado, imagine comprar material escolar. As crianças em geral são mais vulneráveis aos apelos publicitários e, diante de tanta oferta de material feito exatamente para seduzir esse público, é inevitável: ela vai pedir a mochila da princesa, o caderno do super-herói e muita coisa que talvez nem esteja na lista. “Não se deixe levar pelos desejos dos seus filhos, que vão querer comprar produtos da moda e que contenham imagens de artistas ou personagens de sucesso”, recomenda o educador financeiro Reinaldo Domingos.
Pechinche
Quando entrar na loja, é importante perder a timidez e pechinchar mesmo”, diz o educador financeiro Reinaldo Domingos. Segundo ele, deve-se entrar na loja com tranquilidade, conversar com o vendedor, perguntar o seu nome, elogiar a loja e, assim estabelecer, uma relação de confiança com o ele. Depois de separado todo o material que pretende comprar, é a hora de tentar um desconto. Pergunte quanto custa à vista e a prazo e tente conseguir condições de pagamento melhores. E não pense que são apenas lojas de bairro que podem dar descontos. Dependendo do valor da compra, grandes redes também oferecem preços mais baixos. Por isso, não economize na pechincha.
Compre o material em partes
Se a lista da escola do seu filho for muito extensa e representar um custo muito alto para o seu orçamento familiar, uma boa alternativa é comprá-lo em partes. Converse com a professora dele e descubra o que será utilizado no primeiro semestre e o que vai ficar para o segundo. Assim, você pode comprar apenas uma parte do material agora e deixar a outra parte para julho. De acordo com o educador financeiro Reinaldo Domingos, parcelar a compra do material pode atenuar o impacto da despesa com o material escolar sem representar prejuízo para o desempenho da criança ou adolescente na escola.